Sphere Institucional

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jul 11, 2022

Novas Diretrizes para Educação Plurilíngue: um olhar para famílias e escolas

AUTOR

huia

ASSUNTO

Educação

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Em julho de 2020, o Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou as Diretrizes Nacionais para Educação Plurilíngue no Brasil, que ainda precisam ser homologadas pelo Ministério da Educação (MEC) para entrar em vigor.

Após a homologação do documento, as escolas terão ciência de quais diretrizes deverão seguir para que sejam consideradas como escolas bilíngues, de intensificação de língua, internacionais ou com o currículo internacional.

Para as famílias, como as novas diretrizes podem ajudar?

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Ao procurar uma escola para seus filhos, as famílias devem se atentar às informações divulgadas pelas instituições de ensino de seu interesse.

De posse delas e tendo ciência sobre o que de fato diferencia uma escola bilíngue com currículo integrado de uma escola com programas bilíngues ou uma escola efetivamente internacional, será muito mais fácil optar pelo modelo de ensino que mais se adequa às suas necessidades.

Outra dica para as famílias é prestar atenção na integração curricular e na de práticas em português e inglês que essas escolas oferecem. Não apenas adicionar uma língua na rotina de aprendizado de seus filhos, mas pensar como a instrução, em duas ou mais línguas, pode ampliar as possibilidades de significação para eles.

As crianças, ao explorar conceitos, habilidades e novos saberes em mais de uma língua, ampliam seu próprio repertório e conseguem realizar conexões importantes que vão beneficiar a aprendizagem e o desenvolvimento.

Isso porque estamos sempre em contato com várias línguas no meio social e, na sala de aula, isso pode ser muito explorado. As escolas bilíngues têm o potencial de não só ensinar uma língua, mas por meio dela ampliar o repertório de seus alunos de como eles podem utilizar seus recursos linguísticos em diferentes situações.

Já por parte das escolas, também é importante e necessário que elas demonstrem suas características em seu projeto político/pedagógico e que isso seja refletido na comunicação com as famílias.

As escolas podem ir além!

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Para ampliar a discussão trazida pelas novas diretrizes é muito importante citar o planejamento colaborativo entre os professores que atuam na língua materna e na língua adicional.

As diretrizes podem ter um alcance significativo quando olhamos para a integração de todos os professores de uma escola bilíngue, no esforço de entregar um currículo de fato bilíngue e não dois currículos monolíngues.

A integração linguística e curricular não deve ser feita apenas pelo professor de inglês, mas por todos os professores. Para isso acontecer, é importante que as escolas reservem um tempo para que eles façam esse planejamento de forma colaborativa para que as disciplinas possam se conectar, uma ampliando a outra e não simplesmente se dividindo.

As escolas bilíngues e internacionais devem sempre se voltar para a exploração de perspectivas linguísticas que fundamentam suas práticas, não apenas reproduzir o modelo de ensino de idiomas por meio de disciplinas em inglês.

A educação bilíngue é muito mais do que ensinar uma disciplina em português e inglês, mas sim como os professores estimulam as interações bilíngues dos seus alunos.

Por meio dessas interações e entendendo os processos de transferência entre uma língua e outra, esses alunos podem atingir seu potencial total e construir novos saberes colaborativamente usando todo seu repertório.

Trata-se de um modelo de educação que atende às necessidades do aluno do século 21 e que é difundido pela Sphere International School. Ao mesmo tempo que as diretrizes estabelecem normativas básicas e essenciais, é sempre bom lembrar que podemos ir além do que está escrito no documento. Quando as escolas vão além do ensinar em duas línguas, os alunos se favorecem e ampliam seus conhecimentos e se preparam melhor para os desafios do futuro.