Sphere Institucional

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jul 11, 2022

O desenvolvimento da criança e o papel da escola no cenário atual

AUTOR

huia

ASSUNTO

Educação

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Alt text A atuação da escola, que envolve a interação entre os estudantes de idades similares, juntamente com a atuação do professor, contribui para além de um estímulo natural, pois inclui ações intencionais para potencializar habilidades e competências do educando.

Será este indivíduo que fará parte da sociedade futura, transformando-a mediante suas experiências desde sua infância. Por isso, nenhuma experiência deve ser descartada, levando-se em conta que o ser humano é constituído de fases, e cada uma delas traz consigo um determinado papel no seu desenvolvimento futuro.

A socialização; a plena utilização do potencial criativo das crianças; as relações sociais e a interação com o meio, são os aspectos primários e mais importantes para a construção do desenvolvimento humano. Esses elementos essenciais fazem parte da proposta pedagógica da Sphere Intenational School, que são trabalhados mesmo que de forma remota.

Toda criança, em cada fase de seu desenvolvimento, precisa de estímulos e intervenções, visando que seja atingido o máximo de seu potencial.

Sendo assim, a escola tem o papel fundamental de orientar a família e comunicar a intencionalidade pedagógica para a criação de um rico ambiente de aprendizagem para cada criança.

De acordo com Piaget, dois elementos básicos devem ser considerados quanto ao desenvolvimento humano: os fatores invariantes que dizem respeito às estruturas biológicas, sendo elas as sensoriais e neurológicas natas e os variantes em que pensamento e ação se transformam no processo de interação com o meio.

Dessa forma, a teoria psicogenética mostra que a inteligência não é herdada, mas construída no processo de interação entre o homem e o meio ambiente.

Relatando sobre fases do desenvolvimento, Piaget descreve o processo de aprendizagem de 0 a 2 anos como Sensório-motor, fase da percepção e os movimentos; 2 a 7 anos como Pré-operatório, caracterizado pela linguagem e percepção da realidade ainda desequilibrada, 7 a 11 ou 12 anos como o período de Operações concretas, em que o indivíduo estabelece e faz relações entre diferentes pontos de vista dos 11 ou 12 anos em diante como a fase das Operações formais, em que o indivíduo estabelece padrões mentais, raciocina com conceitos abstratos e faz operações mentais.

Todas essas fases do desenvolvimento devem ser compreendidas em profundidade pelo professor, de modo que a escola tenha a possibilidade de gerar oportunidades para novos aprendizados.

Outra noção importante para se compreender o desenvolvimento da criança é a de Zona de Desenvolvimento Proximal, ou Zone of Proximal Development (ZPD). Segundo os estudos de Vygotsky (1984), a mediação possibilita estimular o aluno além do seu desenvolvimento real, levando a novas aprendizagens e desenvolvimento. Vygotsky afirma que a relação do homem com o mundo é mediada, pois tem como base a interação, a partir das relações que estabelece com o outro e com o mundo.

No contexto escolar, mediação pedagógica é a maneira como o professor que se coloca como facilitador, incentivador ou motivador da aprendizagem, com a disposição de ser uma ponte entre o aprendiz e a aprendizagem, colaborando ativamente para que o aprendiz chegue ao seu objetivo.

Fica evidente que não existe unilateralidade no desenvolvimento da criança. O estímulo para o desenvolvimento, propiciado dentro do ambiente familiar contribui, porém é necessário o papel da escola como espaço potencializador e estruturador deste conhecimento, bem como proporcionador de interações que contribuam para a troca e desenvolvimento social.

Nesse contexto, não podemos esquecer que a aprendizagem e o desenvolvimento seguem um contínuo, desde a primeira infância à vida adulta. Interromper o processo escolar ou mesmo acreditar que ele possa esperar é privar a criança de seu direito de ter acesso a um ambiente educador estruturado e intencionalmente planejado.

Sobre o desenvolvimento integral, Borba (2006) comenta que o mundo é constituído por relações materiais, sociais, emocionais e cognitivas que fazem parte das vidas das crianças e constituem suas identidades. Por meio dessas relações as crianças interagem com o mundo pois “criam formas próprias de compreensão e de ação sobre a realidade”.

As crianças já nasceram em um mundo tecnológico, nós adultos não. Os avanços tecnológicos foram rápidos e com ele o mundo se transformou. Não se pode negar que o mundo virtual é o mundo dos nossos filhos, um mundo que talvez nós devêssemos conhecer em mais profundidade.

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De acordo com a Psicóloga Ana Laura G. Kovács, durante a live “Vivendo cada dia um novo hoje”, há uma preocupação muito grande sobre como essa pandemia impacta nossas crianças e jovens, tanto psicologicamente como na produtividade escolar, mas o que de repente não estamos sabendo identificar é que eles estão muito mais preparados para mudanças e adaptações do que as próprias famílias.

Os educadores, coordenadores e diretores tiveram que se reinventar. O que as famílias têm que saber é que além de preparar aulas e formas de entregar esse material aos alunos, eles estão cuidando dos nossos filhos e nós temos que estabelecer essa confiança de apoio.

Interação e aprendizado estão contidos neste contexto, e como escola, levar toda a expertise para garantir a elevação das potencialidade e habilidades de cada educando para seu desenvolvimento integral, mesmo de forma remota, continua sendo o papel primordial da escola, cabe às famílias entenderem que continuamos a realizar o que sempre realizamos.

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Veja a seguir representações do dia a dia novo cenário na prática, com comentários da professora Markele Santos Fortes Zaccaria.

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Como funciona?
Somos professores e amamos nossa profissão, nossa missão e nossos alunos acima de tudo. Temos contado sempre com a parceria das amigas e colegas de trabalho além da equipe de coordenação para nos guiar.

Desenvolvemos roteiros de aprendizagem que acompanham as vídeoaulas e nos auxiliam a organizar e estruturar os objetivos de cada proposta, deixando claro o que fazemos e os objetivos a serem atingidos.

As conversas com as famílias também fizeram a diferença nos norteando quanto à qualidade do material ofertado às crianças. Essa parceria fez a diferença. Mantivemos viva nossa interação com os pequenos, criando, reestabelecendo e fortalecendo laços e vínculos afetivos por meio das lives individuais.

É uma missão possível?
É possível ensinar as crianças da educação infantil por meio de brincadeiras online.

Para isso utilizamos os roteiros de aprendizagem e os vídeos de instrução.
Mantemos em nós a chama do amor pela educação e o play- based learning correndo em nossas veias, a cada passo e em cada planejamento.

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As Cem Linguagens da Criança, de Loris Malaguzzi.

O que a criança aprende?
Ensinamos a eles como desenvolver confiança, autonomia, curiosidade, motivação, pensamento crítico, a tomar iniciativa, a tentar, a correr riscos, errar e tentar novamente. Tudo ainda de maneira lúdica mas com vídeos curtos, animados e propostas de brincadeiras para serem realizadas em casa.

Porque sim, a criança é feita de cem, *“cem mãos, cem pensamentos, cem modos de pensar, de jogar e de falar. Cem, sempre cem modos de escutar as maravilhas de amar. Cem alegrias para cantar e compreender. Cem mundos para descobrir. Cem mundos para inventar. Cem mundos para sonhar. A criança tem cem linguagens (e depois, cem, cem, cem)”

E é assim, escola, colegas de classe e a família, cumprindo cada um o seu papel, que juntos concluiremos cada ciclo para o desenvolvimento integral de cada criança.

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