Sphere Institucional

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jul 11, 2022

O que educação e neurociência têm em comum?

AUTOR

huia

ASSUNTO

Educação

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A situação da educação no Brasil, hoje, é muito séria. Muitas crianças chegam no Ensino Fundamental sem saber interpretar ou fazer inferências em um texto lido, professores não conhecem seus alunos e não valorizam seus potenciais individuais em sala. Os jovens não são estimulados a aprender, a serem críticos, a fazer realmente a diferença (de maneira positiva) no mundo em que vivemos.

Na Sphere International School são valorizados os conhecimentos naturais dos alunos, o ensino é realizado por meio da investigação e cada criança é considerada um ser único. A personalização em sala, respeitando cada nível de conhecimento, bem como o trabalho com rotinas para deixar o pensamento de cada criança visível, fazem parte da rotina escolar.
Alt text Existem algumas perguntas que os educadores se fazem constantemente: como funciona o processo de aprendizagem? Por que, em algumas situações, ele demora mais para acontecer? E o que podemos fazer para que as aulas sejam cada vez mais aproveitadas pelos alunos?

É nesse momento que a neurociência encontra a educação. Ela traz as respostas científicas do que acontece no cérebro do aprendiz, sobre como o ser humano responde a diferentes estímulos e quais ações tomar para que a aprendizagem seja efetiva nas diversas faixas etárias.

Estamos falando da missão que envolve crianças e adolescentes. E para que o processo de desenvolvimento ocorra, são fundamentais estímulos adequados, vínculo e afeto. O cérebro, auxiliado pelos órgãos que compõem os sentidos (visual, auditivo, somatossensorial, olfatório e gustatório) se apropria da informação, por meio do incentivo correto do ambiente construído pelos pais/adultos e professores, que são os interlocutores desses estímulos e referências para os estudantes. Na primeira infância, experiências e encorajamentos positivos contribuem para o desenvolvimento saudável do cérebro, permitindo que a arquitetura do órgão seja sólida e tenha uma estrutura mais apta a superar dificuldades pela neuroplasticidade. Entrar em contato com a mesma informação de maneiras diferentes ajuda, por exemplo, a fortalecer as sinapses. Pode-se dizer que uma sinapse consolidada resulta na aprendizagem.

Na adolescência, o cérebro se prepara para começar um processo de amadurecimento. Há adolescentes com a necessidade de experiências mais intensas, que estimulem mais a liberação da substância para sentir prazer, por exemplo. O córtex pré-frontal ainda não está totalmente desenvolvido, pois é a última parte do cérebro a amadurecer. Essa região é responsável pelo processamento de comportamentos “adultos”, como planejar, concentrar, inibir impulsos e ter empatia.
Alt text Os professores precisam estar capacitados para compreender e atender às diferenças cognitivas dos alunos de acordo com os princípios da neurociência e suas fases de desenvolvimento.

O conhecimento do sistema nervoso ajuda a melhorar as práticas educativas visando à diminuição das dificuldades de aprendizagem.
Alt text E para entender o que ocorre com o cérebro quando uma pessoa aprende, é necessário compreender a biologia nas dimensões cognitivas, emocionais, afetivas e motoras; reconhecer que o processo de aprender está relacionado com as bases químicas e físicas das funções neurológicas do ser humano; e entender que cada indivíduo é único, assim como cada cérebro, que aprende de forma diferente.

A neurociência, portanto, vem contribuir com a educação como uma ferramenta, que possibilita uma mudança no olhar. É fundamental que educadores conheçam as interfaces da aprendizagem e que seja sempre um campo a ser explorado. Reconhecer o fato de que cada aluno aprende de uma maneira singular é estar preparado para desenvolver as aulas explorando os variados estilos de aprendizagem dos alunos, se propondo a utilizar diferentes estratégias pedagógicas e ressignificar constantemente a prática docente.