Sabemos que as crianças se expressam por múltiplas linguagens e é possível criar estratégias para que elas aprendam a melhor forma de diálogo, com a ajuda colaborativa da escola e família . Para isso, é essencial respeitar cada faixa etária e suas capacidades, inserindo atividades na rotina para incentivar autonomia e responsabilidade.

Dentro do contexto da pandemia, as crianças foram apresentadas à uma nova dinâmica de aprendizagem e interação com colegas, professores e outros profissionais da escola.

Dentro do contexto da pandemia, as crianças foram apresentadas a uma nova dinâmica de aprendizagem e interação com colegas, professores e outros profissionais da escola. Mesmo com novas ferramentas e tecnologias voltadas ao ensino híbrido, elas foram privadas da socialização presencial. Agora, com a retomada das aulas de maneira presencial, é preciso resgatar a autonomia e lidar com questões socioemocionais que se evidenciam em momentos como os conflitos entre os alunos, introspecção e timidez, saudade de casa e da família, ansiedade e outras dificuldades na adaptação.

Quando a criança tem dificuldade de se expressar ou quando percebe que não é notada, muitas vezes, recorre a comportamentos agressivos, isolamento ou até mesmo efusividade excessiva.

Com um acompanhamento especializado é possível identificar as causas e origem do comportamento e entender como resolver e ajudar do melhor jeito. Pensando em tudo isso, agora é a hora ideal de uma abordagem pedagógica que permita colocar a autorregulação ao centro do processo de ensino-aprendizagem. Mas como isso é possível?

De maneira humanizada, é necessário acolher com afeto os pequenos e prestar atenção na forma que eles se comunicam. É preciso desenvolver projetos pedagógicos que criem oportunidades para o desenvolvimento socioemocional e novas formas de significação, por meio de vivências escolares significativas.

Promover a integração da turma em atividades em conjunto para conhecer os colegas, descobrir detalhes e curiosidades, desenvolver a leitura e debate, além de outras propostas para interação são estratégias que contemplam também a oportunidade de colocar em prática a empatia, inteligência emocional e outras soft skills.

No processo de desenvolvimento socioemocional, a mediação de conflitos ocupa uma posição especial. A maneira como as frustrações, discordâncias ou contradições são negociadas oportuniza aos alunos a reflexão, a tomada de consciência e o olhar ao próximo. Muitas vezes, não se trata de quem está certo ou errado, mas como as diferentes perspectivas são consideradas, possibilitando assim o sentimento de pertencimento e fortalecimento de senso de comunidade.

Com base nisso, para que nossos alunos sejam agentes de mudanças sociais positivas, o desafio é unir escola, família e comunidade para que estejam atentos às crianças e suas demandas, para que tenham liberdade e responsabilidade de aprender como se expressar de maneira objetiva, justa e empática.